Adquirir um apartamento é um dos maiores sonhos de muitas famílias, mas esse processo envolve um planejamento financeiro detalhado. Um dos primeiros passos é entender a renda familiar e como ela pode influenciar na aprovação de financiamentos e no valor que será possível comprometer para a compra do imóvel.
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O que é renda familiar?
A renda familiar corresponde à soma dos rendimentos mensais de todos os membros de uma família que contribuem financeiramente para as despesas do lar. Isso inclui salários, comissões, rendimentos de investimentos, aposentadorias, pensões, entre outros. Entender o total da renda familiar é essencial, pois muitos bancos e instituições financeiras utilizam esse valor para calcular o crédito imobiliário disponível e o valor máximo das parcelas que podem ser assumidas.
- Inclua todas as fontes de renda: Certifique-se de incluir todas as formas de rendimento que a família recebe regularmente, como bônus de trabalho, aluguéis de imóveis e dividendos de ações.
- Rendimentos variáveis: Caso algum membro da família tenha rendimentos variáveis, como comissões ou freelance, é aconselhável calcular uma média mensal dos últimos 12 meses para obter um valor mais preciso.
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Como calcular a renda familiar?
Calcular a renda familiar é simples. Basta somar o valor total dos rendimentos mensais de todos os membros da família. Veja como fazer esse cálculo em poucos passos:
- Liste os rendimentos: Pegue o salário bruto (sem descontos de impostos ou benefícios) de cada pessoa que contribui com a renda da casa.
- Inclua outras fontes de renda: Além dos salários, adicione outras receitas, como aluguel de imóveis, investimentos e aposentadorias.
- Faça a soma total: Com todas as fontes de renda listadas, faça a soma para obter o valor da renda familiar bruta mensal.
Por exemplo, se a sua família tem dois membros que ganham R$ 5.000 e R$ 3.000, respectivamente, a renda familiar será de R$ 8.000 por mês.
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Qual porcentagem da renda familiar pode ser comprometida?
Agora que você já sabe como calcular a renda familiar, o próximo passo é entender quanto dessa renda pode ser comprometida para a compra de um imóvel. De modo geral, as instituições financeiras recomendam que o valor da prestação do financiamento não ultrapasse 30% da renda familiar.
- Regra dos 30%: A recomendação de especialistas é que as famílias não comprometam mais do que 30% de sua renda mensal com a parcela do financiamento imobiliário, garantindo que as demais despesas não sejam prejudicadas.
- Simulações de financiamento: Antes de fechar qualquer negócio, faça simulações de financiamento em diferentes bancos. Essa prática vai te ajudar a entender quais são os valores de parcelas disponíveis de acordo com a sua renda familiar.
Por exemplo, com uma renda familiar de R$ 8.000, a parcela máxima recomendada seria de R$ 2.400. É importante seguir essa regra para manter as finanças equilibradas e evitar endividamentos futuros.
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Como melhorar a renda familiar para comprar um apartamento?
Caso a renda familiar não seja suficiente para o imóvel desejado, existem algumas estratégias que podem ser adotadas para melhorar essa condição e aumentar o poder de compra.
- Adquirir uma renda extra: Buscar uma fonte de renda adicional pode ser uma boa maneira de complementar a renda familiar. Isso pode incluir um trabalho freelance, investimentos ou até alugar um cômodo da casa.
- Poupança planejada: Uma estratégia comum é economizar durante um período para dar uma entrada maior no imóvel. Quanto maior a entrada, menores serão as parcelas do financiamento, o que pode facilitar a aprovação do crédito.
- Considere a composição de renda: Em muitos financiamentos, é possível somar a renda de mais de uma pessoa para aumentar o poder de compra. Isso significa que, além do casal, é possível incluir pais, irmãos ou até mesmo amigos na composição da renda.
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Outros fatores financeiros a serem considerados
Além de calcular a renda familiar, é essencial pensar em outros fatores que vão influenciar na compra do apartamento. O valor da entrada, as taxas de juros e o prazo do financiamento são aspectos que devem ser cuidadosamente analisados para garantir uma compra segura.
- Entrada: Quanto maior o valor da entrada, menores serão as parcelas do financiamento. Normalmente, é solicitado um valor de 20% do imóvel como entrada. Portanto, planeje-se para economizar esse montante.
- Taxas de juros: As taxas de juros variam de acordo com o banco, o valor do imóvel e o perfil do cliente. É recomendável pesquisar e comparar as taxas oferecidas por diferentes instituições.
- Prazo do financiamento: O prazo também influencia diretamente o valor das parcelas. Financiamentos mais longos têm parcelas menores, mas os juros totais podem ser mais altos.
Conclusão
Calcular a renda familiar é o primeiro passo para quem deseja comprar um apartamento de forma consciente e segura. Ao entender qual é a capacidade financeira da sua família, você poderá tomar decisões mais informadas, desde a escolha do imóvel até a negociação das condições do financiamento.
Lembre-se de seguir a regra de não comprometer mais de 30% da renda mensal e de se planejar a longo prazo. Além disso, considere outras variáveis como a entrada, os juros e o prazo de financiamento para garantir que essa conquista seja feita de maneira tranquila. Com um bom planejamento, o sonho da casa própria estará ao seu alcance!